No mundo do franchising, muitos franqueadores se concentram em expandir suas unidades, treinar equipes e padronizar processos. Tudo isso é essencial. Mas existe um pilar que não pode jamais ser negligenciado: o desenvolvimento contínuo de produtos e serviços.
Essa não é apenas uma estratégia para se manter competitivo. É a sua maior obrigação como franqueador.
Por que o desenvolvimento contínuo é tão crucial?
Vivemos em um cenário em constante transformação. O comportamento do consumidor muda rápido, novas tecnologias surgem a todo momento e a concorrência é cada vez mais agressiva.
Se a franqueadora não acompanha esse ritmo, a marca estagna. E pior: o franqueado sente o impacto direto disso nas vendas, na reputação da unidade e na motivação da equipe.
O franqueado não comprou apenas um modelo de negócio — ele comprou a promessa de evolução contínua.
O que significa inovar constantemente em produtos e serviços?
Muitos confundem inovação com reinvenção total. Não é isso. A inovação contínua pode (e deve) acontecer de forma progressiva, testada e sustentável. Veja algumas formas:
- Atualização do portfólio de produtos de acordo com novas tendências e preferências regionais.
- Melhoria de serviços e processos de atendimento, como introdução de autosserviço, delivery ou digitalização.
- Criação de combos e ofertas sazonais, para aumentar o tíquete médio e o volume de vendas.
- Parcerias estratégicas com marcas complementares que tragam valor à experiência do consumidor.
Franquias que adotam essa cultura vencem no longo prazo
Empresas como Subway, Chilli Beans e Habib’s se destacam porque colocam a inovação no centro da operação. Elas ouvem o mercado, testam novos formatos e criam ciclos de lançamento de produtos com regularidade.
Essas redes não esperam o mercado ditar as regras. Elas antecipam movimentos e entregam novidades antes que os concorrentes se mexam.
O impacto direto para o franqueado
Quando a franqueadora desenvolve novas soluções, os franqueados sentem:
- Aumento do fluxo de clientes
- Melhora na percepção da marca
- Redução da sazonalidade
- Facilidade para reter e treinar equipe
- Maior fidelização de público
O que acontece quando essa obrigação é negligenciada?
- A rede perde relevância no mercado.
- Os franqueados começam a criar “invenções locais”, fora do padrão.
- Os clientes migram para concorrentes mais atualizados.
- A comunicação da rede enfraquece.
- Surge insatisfação e queda no desempenho.
Simples assim: sem inovação, não há futuro.
Como estruturar um processo de desenvolvimento contínuo?
- Monte um comitê de inovação com líderes da franqueadora e franqueados estratégicos.
- Crie um calendário de lançamentos e melhorias para todo o ano.
- Acompanhe as movimentações do setor e do comportamento do consumidor com relatórios de inteligência de mercado.
- Teste e implemente com velocidade, mas sempre com base em dados e feedback.
- Treine a rede antes de lançar algo novo, garantindo execução uniforme.
FAQ – Dúvidas Frequentes
- Qual é a frequência ideal para inovar produtos ou serviços? Depende do setor. Em alimentação, lançamentos mensais ou trimestrais são comuns. Em serviços, a cada 6 a 12 meses já é suficiente se houver melhorias consistentes.
- Franquias pequenas também precisam inovar com frequência?
Sim! Pequenas redes que inovam ganham diferencial competitivo e conseguem crescer mais rápido. - Como envolver os franqueados no processo de desenvolvimento?
Crie canais formais para receber sugestões, como comitês, grupos de teste ou pesquisas de feedback trimestrais. - É caro manter um processo de inovação contínua?
Não necessariamente. Muitas inovações são melhorias de processos, não só novos produtos. O custo pode ser baixo e o retorno, alto. - A inovação pode causar resistência na rede?
Sim, mas com uma boa comunicação e treinamentos adequados, a adesão é muito maior. Mostrar os resultados esperados ajuda a engajar todos.
Conclusão:
Inovar não é uma escolha, é um dever. Como franqueador, sua missão é garantir que a rede continue relevante, atual e competitiva. O franqueado espera isso. O cliente exige isso. E o mercado recompensa quem faz isso bem.
